sábado, 8 de março de 2014

DIA INTERNACIONAL DA MULHER.

Vim para escrever alguma coisa especial. Ser mulher é especial somente no fato de já ser uma mulher. Mas hoje se fosse falar de mim até parece que acabo esquecendo que sou uma mulher. Apenas uma mulher. Não me sinto nem a mais nem a menos. No entanto me sinto mais como um "ser humano" que se esforça para cumprir o "propósito de Deus" aqui na Terra.
Já fui um feto no ventre de minha mãe... Já fui um recém nascido (a)... Fui bebê... Fui criança... Uma menina... Uma adolescente... Uma jovem... Uma mulher... Uma esposa... Uma mãe (mãe de três lindos filhos...) Infelizmente nunca me realizei profissionalmente. Estudei pouco. Gostaria de ter estudado mais. Muito mais. (Sei que ainda posso estudar... Mas com tantas dificuldades não sei se conseguiria... Cada um sabe dos seus limites... ). Tentei ser uma "boa dona de casa", acredito que até um certo tempo consegui chegar perto... Contudo não fechei com chave de ouro tamanha profissão. Ser dona de casa é uma profissão maravilhosa. No entanto, das mais "ingratas", porque não é reconhecida. Se bobear... Até você mesma não reconhece...
Contudo deveria sim ser valorizada. Apenas valorizada. Respeitada.
Também fui apaixonada um dia... Fui namorada... Noiva... E fui amante... Contudo descobri por mim mesma que floriei (será que existe essa palavra?) meu relacionamento. Confundi paixão com amor.
Sou uma mulher que não conheceu verdadeiramente o amor.
Vivi períodos de ser uma "mulher separada". E a primeira vez que aconteceu me ajoelhei dentro do banheiro de minha irmã... E chorei agradecendo a Deus finalmente a liberdade.
Estava finalmente livre. Não fui "mulher" o suficiente "forte, capaz, destemida" para enfrentar as crises... Os filhos... A Igreja... A sociedade hipócrita... A hipocrisia também dentro de você.
Algumas separações... Até finalmente perceber que não poderia suportar o "jugo de uma mulher separada... Acovardada pelos medos interiores... A cobrança dos filhos...O medo de não saber lidar por não saber nada da vida... Da vida... Que vida estúpida.
A viuvez. Sou viúva. Muito tempo viúva. Que também não influencia em nada. Nem para o bem nem para o mal. Não estavam nos planos... Nos chamados "sonhos...".
Uma mãe que acaba ao seu limite quando tem que enterrar um filho caçula. Sua eterna criança. Uma mulher que acaba sendo completamente esmagada.
Continuo sendo mãe... Mãe de dois filhos... Também sou avó... Meus netos jamais substituíram a perda do meu filho. Não poderia. Seria injusto se eu acabasse fazendo isso. Cada um deles "nasceram para brilhar"; para serem "únicos" (singulares) em suas vidas.
Também fui filha; tive uma mãe que conquistou todo o meu coração em seu coração despojado pela conversão em Jesus Cristo. Não somente resgatei meu relacionamento com minha mamãe como ganhei uma amiga íntima. Também uma conselheira. Uma pastora que tinha exclusividade no meu caminhar. Dia Internacional da Mulher seria hoje totalmente dedicado para ela. Uma mulher forte, guerreira, destemida. Uma mulher em Deus. Uma serva do Senhor Jesus.
Também sou irmã de seis irmãs maravilhosas. Mulheres incríveis. Singulares. Também fortes e destemidas. Também considero elas "mulheres" incrivelmente invencíveis. Também já fui cunhada... Hoje não exerço tal função. É meio engraçado. Mas temos que respeitar as escolhas e saber que não temos influência nessas escolhas. A única "escolha" e amar e abençoar. Entregar no "Altar do Senhor". É fato. É realidade.
Não poderia falar de mim. No entanto poderia falar (escrever) de cada uma delas. Também sou tia de duas sobrinhas lindas e maravilhosas. Mulheres fortes. Mulheres que tem "exemplos" na família a seguirem. Isso é maravilhoso demais aos nossos olhos. Uma grande Obra do Senhor nosso Deus.
Também sou amiga. Realmente amiga. Tive amigas sinceras. Foram poucas com certeza mas foram "mulheres" marcantes. Algumas se afastaram... Também me afastei... Nos permitimos nos afastar... Quanta tolice. Hoje penso que talvez nunca fossemos amigas de verdade. A amizade não resistiu ao "fogo". Não. Não resistiu.
Não posso esquecer que também um dia fui uma sogra. Fui uma sogra que com certeza fica no passado... Sou uma sogra no presente. (Embora ainda não seja aceita... Um dia cheguei a pensar e acreditar que estava sendo aceita por elas... Cheguei a me sentir com Noemi... Que tempos foram aqueles de refrigério... Minha Rute... Meu neto... Que me foi entregue com total confiança...).
Tenho uma família em Jesus Cristo. Portanto sou irmã e milhares e milhares de irmãs em Jesus Cristo. Sou serva de Deus que procura estar dentro do "propósito de Deus".
Estou em constante mudança. Mesmo que eu não esteja vendo no natural. Mas vou muito mais além porque alcanço com certeza o espiritual. No espiritual está além do dia internacional da mulher. Isso não conta nas regiões celestiais em Cristo Jesus. Somos "filhos" cumprindo o propósito de Deus em alcançar a "herança". Não importa mais as "promessas... as bênçãos..."; afinal estou alcançando o invisível de Deus. Tenho entendido e estou desfrutando. Não vejo muito no meu dia a dia. Foi como um  pastor pregou na quarta... Sobre o "Vale de Ossos secos...". Você ouve o "rebuliço", o movimento contrário... E tudo parece desmoronar... Não pode estar acontecendo tudo isso... No entanto... Não é com os ossos que você está profetizando... Porque esses você tem que profetizar mesmo (é sua família, seus amigos, seus irmãos... Almas que padecem nas trevas...). E sim a "restauração" dentro de você que está acontecendo. Você sendo forjado. É como um leão dentro de você, tem que ser colocado para  fora. Não é de fora para dentro... É de dentro para fora. É a eternidade dentro de você. Em Nome de Jesus.
 
08.03.14   (19.44)


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