sábado, 29 de março de 2014

CORAÇÃO ENDURECIDO.

Olhando nos olhos de minha nora pedi perdão. Não por mensagem... Não por um palavra de parabéns pelo aniversário (também mensagem...). Olhando mesmo nos olhos dela. "Pedindo uma chance" para ficarmos bem.
Agora escrevendo eu pensava... Quando ela disse que isso era problema meu com meu filho (acho que ela transferiu para o aniversário do meu neto). Sinceramente em meu coração não existe nenhum arrependimento em não ter ido. Pelo contrario... Mais do que nunca tenho certeza que fiz a escolha de "sossegar minha alma...".
Mas ela entendeu bem porque falei exatamente do que tinha feito em lançar uma palavra pesada em um situação que não deveria ter acontecido... 
Falei que tinha "tomado as dores do meu filho..." (sim... foi aí que ela disse que aí eu tinha que resolver com meu filho...).
Quanta ira. Quanto ressentimento.
Uma coisa é muito certa. Para ambos foi realmente inesperado. Com certeza "envergonhei" o inimigo de minha alma. 
E meu filho disse todas aquelas coisas... (mas nenhuma palavra dele assentou em meu coração em forma de amor...).
Ele veio trazer meu neto esperando que ao vê-lo eu pudesse mesmo ficar com ele. Não foi porque ele estava com saudades da vó. E muito menos ele com saudade da mãe. Ele está muito mais distante do que distante do tudo que houve... Não está feliz. Isso é obvio. E ainda tentou assumir a "culpa" que ele também não é fácil. Ele não entendeu nada. Não quero mais ouvir essa ladainha (disse para ele que agora parece ser mais fácil... como algo automático... assumir que tem a parcela de culpa de um casamento infeliz.
Mas continua com a mesma postura. Sou infeliz. Ela é infeliz. E vamos continuar vivendo desse jeito... Infelizes para sempre. (palavras minhas... que tristeza um ser humano chegar ao ponto de achar que isso é vida... ).
Disse para ela que não tem sentindo ficarmos assim. Que nunca fui contra o casamento. (jamais a favor da separação...) Que temos o meu neto... Enfim... Não adiantou... Primeiro ficou pálida (como ele também ficou pálido quando ouviu eu falar com minha irmã... Olhei para ele e disse que tinha ido sim falar com ela... Pedir perdão... A reação dele também foi de empalidecer... (Coitado do meu filho... O que ele pensa que eu poderia falar com ela? Estragar as pazes? Ou fazer o que ele me disse que só faço é dar do contra?)
Depois parece que senti que seus olhos se encheram de lágrima... (ai lembrei que muitas vezes é de ira mesmo... ). Fiquei com pena dela. Eu estava ali... Na sua frente com o "nosso menino" no colo pedindo perdão. Disse para ela pensar... Que tudo que a gente já tinha passado junto... Ela virou o rosto... E eu saí... Com as lágrimas do choque da recusa... Da rejeição...
Um absurdo (ridículo) vir aqui em casa e não sair do carro... Ficar esperando (não importando a demora...) como se não se importasse. E não se importa mesmo. E meu filho também não se importa. Se ele se importasse ele não iria permitir que eu sentisse essa dor tudo novamente...
Com meu coração sincero (e de fato também fiz de propósito sim) para que sentissem que tenho um coração. E que meu coração não é hipócrita. Posso ser tudo que eles dizem (principalmente meus filhos... "a mãe é desse jeito... daquele jeito..."; o jeito que eles quiserem... Mas não sou hipócrita.
E se eles preferem viver uma vida estúpida de hipocrisia  com certeza não posso mais fazer parte da vida deles mesmo.
Se tudo que aconteceu (segundo tudo que meu filho fez comigo... ) era para acertos, para ficarem bem.
Agora tem uma coisa... De repente... É a mesma conversa... Está assim porque é opção dele mesmo e não se pode fazer mais nada mesmo.
Quando falou do dinheiro... ( das compras... ) Enfim... Isso me doeu mais um tanto. Um coração de mãe mesmo tem que perdoar... (ele mesmo disse isso hoje...) Porque é tanto descaso... Enfim...
A vontade que eu tenho é de ir embora. Sair da vida dos meus filhos e viver bem longe. Quanto mais longe possível seria agora para mim o ideal.
Um dia sim... Um dia essa casa vai ser vendida. Já foi determinado. Não tenho pressa. Não tem mais em meu coração nenhuma ansiedade em relação a isso. Um dia eu espero mudar toda a minha vida. Não ficar mais esperando migalhas de filhos, noras e netos. Disse para o meu filho hoje que a única coisa de puro e bonito que tínhamos nisso tudo... Era o meu neto. É o meu neto. Nem mesmo os outros netos que tenho tem essa base solida que encontro com Eduardo.
Quantas vezes eu já pedi perdão para outra nora? Quantas vezes ela veio conversar que me tinha como mãe... Como amiga? No entanto... Me tem como inimiga sua.
Estou cansada de tudo isso. Penso em Jesus. Penso. Medito. Conheço a Palavra de Deus. Gloria Deus! Aleluia! Penso no amor. No perdão. Na cura e restauração.
Me sinto livre para prosseguir sem elas. Me sinto livre para prosseguir também sem meus filhos. Porque ambos deixaram claro que "o meu jeito" não tem jeito para a "família" que agora eles formaram.
Hoje meu sentimento (vontade) se eu pudesse era fazer uma mala e ir embora. Apenas ir embora.
Louvado Seja Deus que tenho minha família. Minha família.
Não preciso ir embora. Eu tenho a minha família.
 
29.03.14  (19.22)


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