domingo, 19 de abril de 2015

NUNCA SEREI EU MESMA... NEM PODERIA MAIS...

Talvez seja isso tão duro para mim.  Nunca serei eu mesma. Talvez porque nunca em minha vida fui eu mesma. Nunca fui. Vivi uma vida de tropeços. De açoites na alma. 
Com a morte do meu caçula percebi que com ele tenha perdido a oportunidade de um dia ser eu mesma... Eu não sei... Hoje fazem sete anos e oito meses de sua morte... Estou viva é verdade... Mas também morri com ele... 
Depois de cinco anos Deus levou nossa mãezinha... Vai fazer três anos... E com ela também um bom pedaço do que eu era... Se é que eu era... Sem nunca ter sido... Porque após o longo luto deveria ter retornado... Não retornei... Porque ainda não chorei o suficiente a morte do meu filho. Loucura? Absurdo? Talvez. Não sei. Mas é assim que me sinto.
Meu filho caçula queria "resgatar" o que tinhamos perdido com a morte do pai dele... Meu Deus! O pai deles... Dos meus três filhos... 
Não. Não tenho mais forças para lutar contra o que a vida segue por ela mesma. Quero parar. Quero descansar. Quero paz. Realmente somente quero paz. Em Nome de Jesus. 


19.04.15     (22.33)

NÃO SEI O QUE QUERO... MAS SEI O QUE NÃO QUERO...

Acredito que não estou errada. Buscar a paz e manter muitas vezes é necessário renunciar. No meu caso... Dizer não. Foi difícil. É sempre difícil. Porque não? Porque resgatar paz verdadeira implica em saber dizer não. Mesmo que tudo pareça dizer que você está sendo dura. Ou egoísta. Não me sinto egoísta. Estou abrindo mão do que poderia até dar certo porque acredito no brilho profissional. Sei que é possível. 
Mas até onde cheguei... Foi a preço de choro. Muito choro. De muita renúncia. De perdas irreparáveis. Choro sim. Porque deveria com certeza ser diferente. Muito diferente. Mas sei que minha atitude foi para nos proteger. Sei que existe o esforço da tentativa de compreensão... Que no fundo não tem como compreender... Como entender? Como entender que não é possível uma relação entre um filho e uma mãe de estarem juntos respeitando um ao outro?
Eu cheguei até aqui... Com lágrimas... Com renúncias... E com maturidade... Meu filho ainda não chegou... Ele se diz diferente... Amadurecido... E realmente até onde ele alcança com certeza tem maturidade sim. E até mais do que eu olhando pelo prisma do seu entendimento... Dos seus conhecimentos... Da sua superioridade...
Ele venceu! E tem vencido. Descobriu que é um "grande gestor" na sua área. Gloria Deus! E na superfície da política da aceitação... De um gestor... Disse que me entende... E mesmo que não entendesse (... se aborrecesse com minha decisão...) seria ruim para ele... Porque seriam para ele "dois trabalhos"; ficar aborrecido e deixar de ficar aborrecido. É verdade.
Meu filho é uma vitima de uma família disfuncional. Eu sou uma vitíma também de uma família disfuncional. Admito minhas culpas. E tudo o que semeei ao longo dos anos... Agora vivencio todos os resultados... Somos sobreviventes de uma vida sacrificada. Vitimada. 
Mas sinceramente não quero mais ocupar o lugar de vitima. Quero liberdade. Quero perdão. Quero respirar fundo. Quero viver.
Sempre disse para mim mesma... As depressões não foram porque queria morrer... Ou algo parecido... E ainda não são... Quero vida. Quero liberdade. 
Foi um passado ruim. Maldito. Foi. Me arrependo. Deus sabe o quanto me arrependo de tudo. Não ouso dizer que "se" tivesse oportunidade faria "diferente...". Como saber? Nunca saberemos. Podemos sim agora no presente tentar acertar. Fazer diferente. E é o que eu quero fazer. Simples. Simples? Sinceramente não é simples não. 
Porque isso depende de cada um. De como a pessoa é. Posso pedir perdão sim e estar verdadeiramente arrependida... Mas e daí? O mal causado já foi causado... E tem que esperar também o tempo daquele que foi maltratado... Ofendido... Magoado... Enfim... Quantos enfins forem necessários... Enfim... Enfim... Enfim... 
Como me sinto? Muito cansada. Exausta! Estou simplesmente muito exausta para permitir viver em conflitos... Em adversidades desnecessárias... Já bastam as próprias provações... Aquelas que já nos vem de encomenda... Para aprendizados... Para tratamentos... Não posso mais admitir na minha vida (talvez pouquíssima que ainda me resta...) viver em alta pressão. Não suportaria. Não suporto. 
É egoísmo? Eu não sei. Creio e prefiro crer que é realmente uma escolha. Uma decisão. E a vida segue. Em Nome de Jesus. 

19.04.15     (22.24)

domingo, 5 de abril de 2015

Pois então... Você diz que não se importa... Que tudo bem... Que o importante é ter paz... É verdade. É essencial que se tenha paz. No entanto... Quando você vê uma cena (família) e você sem querer se choca... Como assim? 
Ainda ontem disse que não tinha ciúmes... E não tenho mesmo. No entanto... No fundo você questiona o porque de estar sendo excluída... Ou não... Afinal eu passo tanto essa imagem de que não me importo... Enfim... 
Já desde a primeira imagem que eu vi na postagem já senti estranho... (será o que houve...) Onde estará? Porque não está ali presente nessa alegria de criança?
E agora... Outra postagem... Onde novamente a ausência se fez presente... 
E o dia inteiro passou sem nenhum telefonema... Mesmo que meu celular esteja fora... Tem o de linha... E agora anoiteceu... E a chuva... Trovoadas e ventos... Naturalmente que se havia uma expectativa de esperar... Sem sombra de dúvidas agora encerrou de uma vez.
Amanhã virá um telefonema... E algumas frases já reconhecidas... Ouvidas continuamente... E a vida continua... A vida segue... 
Preciso reagir. Realmente reagir. Estou vivendo uma verdadeira inércia de mim mesma. É como se eu estivesse sempre esperando... Sem esperar absolutamente nada... Isso não é bom. 
Meu Deus! Isso não é nada bom. Preciso realmente reagir. Em Nome de Jesus.

                                  (05.04.15)                                                                                                     20.07

quinta-feira, 2 de abril de 2015

ME SENTINDO MAL (FRACASSO E FRUSTRAÇÃO)

Não quero que seja assim no entanto sempre acontece... e ai é uma confusão de sentimentos e mil pensamentos... E por incrível que pareça hoje com a visita de um filho (que realmente acreditava que ele não viria... Acabei despejando minhas frustrações... ) e  foi uma grande tolice... Me senti mais frustrada ainda... Como desabafar para um filho que também está com a cabeça sempre a mil e que não esconde que não se importa... Que não está ai para essas situações... Que se dane. Fui mesmo bem imprudente. E não tive nem um pouco de sabedoria. De sensibilidade. O que eu esperava? Que ele entendesse? Ele nem vê isso como um problema... E talvez eu também não devesse mais ver como um problema... E no fundo ele realmente não entende...
Não trouxe nenhum conforto para o coração dele. Pelo contrário... Despejei meus lamentos que o fizeram sentir-se mais pesado ainda... E que me fizeram me sentir mais tensa ainda. Mais idiota. Mais dura. Me senti insensível em relação a tudo que eu falei... Isso não parece mesmo amor incondicional. É um amor cheio de cobrança. De critica. Pelo amor de Deus. O que estou fazendo afinal de contas?
Estou me sentindo realmente péssima. Mas sei qual a razão de tudo isso... Estou novamente em crise de compulsão. Odeio. E acabo sempre caindo nesse pesadelo. Eu me sinto enojada. Cansada. E é sempre a mesma e eterna agonia. 


22.26   - 02.04.15