sexta-feira, 22 de julho de 2011

EM SEGUNDO PLANO...

Hoje fiz uma surpresa para minha mãe. E fui recebida com tanta alegria. Com festa. Com amor.


Devo isso para minha mãe. E ainda é pouco. É muito pouco.


E quando almoçavamos minha irmã contava uma situação de uma irmã da Igreja onde ela congrega que ela está passando um "cortado" com a filha casada. Que disse para sua mãe que não precisa e que não queria que ela estivesse com ela quando sua criança nascesse. E comparou o genro da irmã como o meu falecido marido. Igual! Não. Pelo menos ele cobre a jovem esposa de atenção. Valoriza ela.


Mas com o desenrolar da conversa, naturalmente percebi que essa filha não está totalmente manipulada pelo marido, mas sim, tem feridas profundas com o relacionamento de mãe e filha.


Naturalmente tudo vem em sua mente um passado quando se é falado da forma que foi falado hoje...


Olhei para minha mãe com carinho. Eu como essa jovem também fui completamente manipulada (dominada) pelo meu marido. No entanto, não diferente dessa jovem que rejeita a mãe com tanta dureza, frieza; rejeição.


Quando casei meu relacionamento estava completamente alquebrado e minha alma arrebentada em relação a nós duas. E isso afetou meu casamento. E em toda minha sensibilidade, fragilidade (e também cegueira e egoísmo) fui dando espaço para que meu marido tomasse conta da situação.


Acredito que não é nada diferente com essa jovem.


Mas agora (presente) meu relacionamento é tão maravilhoso com mamãe. Me sinto amada. Me sinto como criança ao seu lado. E sei que ela sente o mesmo em relação a minha vida. Nossos sentimentos foram apurados de tal forma que mal acredito que passamos tanta dor e tristeza.





E hoje... Mais uma vez meu filho me liga dizendo que não vai poder estar comigo. Esqueceu de um compromisso "tipo inadiável". Uma festa na casa dos tios da sua esposa.


E o mais engraçado... E estranho que me disse algo que "certamente" minha mãe tinha "prevenido" contra o pai dele em relação ao relacionamento. (...) Em meu coração... Aprendendo a chorar baixinho... Enquanto eu ouvia ele... Eu pensava... - Nada haver meu filho. Bem diferente quando sua mãe foi jovem casada com seu pai... Eu fui tão apaixonada... Um amor tão cego... Paixão desenfreada... Fazia tudo o que ele queria... -





Engraçado tudo isso... Por tudo que passei minha Oração fervorosa (e desperada mesmo) diante de Deus é que não permitisse que eu "jamais" tivesse "filhas". Jamais!


Para não passarem pelos mesmos sofrimentos que os meus. Para não serem dominadas e manipuladas pelos supostos maridos... E evitar o sofrimento de não poder estar com a família... Com pai e mãe... Enfim...





Tolices! Engano. Ingenuidade da minha parte.


Hoje olho para os meus filhos e vejo que realmente me enganei. Estou em segundo plano.


Quem sabe se eu tivesse uma filha seria oposto ao que vejo nos meus filhos homens (perg) Como vai saber (perg) Ou talvez estaria pelo menos certa em relação a ser uma mulher...


Na verdade... O que está pegando é que quando "eu" fui jovem (casada com minhas três crianças) fui totalmente manipulada e dominada pelo meu marido (culpa minha com certeza) e não podia estar perto da minha mãe, do meu pai, irmãos... Enfim... O que eu mais prezava (que naturalmente prezo muito mais )e agora... Meus filhos se rendem as suas mulheres... (normal... é a família de cada um... ) No entanto... Fico em segundo plano... Agora... como mãe e viúva... Porque meus filhos tendem para a família de suas esposas... Que ironia!





Abençoei meu filho. E desliguei o celular. Não vou ficar remoendo tudo isso... Não vou buscar razões que agora não importam mais...


Ontem a noite... Ao orar trouxe a passagem ali em Gênesis quando narra a história de Hagar, a "escrava de Sara". Trouxe para minha vida em oração dizendo que tantas coisas aconteceram sem que eu pudesse evitar... Que eu não queria... Que ainda estava vivendo consequências de um passado tão sofrido... Que como Hagar foi ajudada e contemplada pelo Senhor; Deus e Pai, eu também me colocava na posição do esperar o "Deus que tudo vê", que está perto. Que resolve tudo. Que ele tem "solução" mesmo parecendo estar tudo acabado.


- "Tu és Deus que me vê; porque disse: Não olhei eu também para aquele que me vê (perg) Gê 16. 13 -





E hoje me sinto assim.


São os acontecimentos... Minha Oração de ontem na madrugada com certeza deve prevalecer aos meus sentimentos de mãe... Em Nome de Jesus Cristo.

- 21:51 -

















Um comentário:

  1. Oi,Zéia. Você disse uma verdade. Os filhos vão pra rua paras as baladas, a mãe fica em casa nem dorme preocupada. Outros casam e mal visitam a mãe, uns nem lembram do aniversário. Sempre digo que ser mãe é algo divino, e tem que ser mesmo, pois só o amor de mãe se aproxima da perfeição do amor de Deus. Tenho certeza que você é uma boa mãe e boa filha.

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