sábado, 2 de julho de 2011

AFINAL... QUANDO É O MOMENTO...

Hoje a tarde fui surpreendida com a visita de um filho. Visita inesperada. Esperei ele na parte da manhã. Confesso que esperei sem nenhum entusiasmo porque tinha certeza absoluta que não viria. Ainda mais que eu estava sem meu celular (outra história... ) Na minha cabeça seria mais um final de semana sem vê-lo.
Ontem a noite recebi a visita do filho mais velho. Conversamos muito. Jantamos juntos e ele questionou minha opção em querer ficar sosinha. Nossa! Naturalmente que sei o que passa no coração dele. Ou talvez seja realmente uma preocupação de"filho".
Disse mais uma vez... Dezenas de vezes tenho dito: Acredito que de momento para outro em tempo oportuno vamos vender essa casa.
Sei que meu filho precisa de uma casa. A minha parte estou fazendo. Não estou impedindo. Pelo contrário.
Se estou aceitando vender a casa é justamente por causa dele. Por causa dos seus cinco filhos. (meus netos)
Muitas pessoas questionam... Perguntam na "lata..." (hum... na lata... que expressão... De cara... hum... Ficou pior ainda... Enfim...)
Porque você não trás ele para morar com você (perg) Solução realmente cabível, no entanto, sem a menor chance de dar certo. Já tentei em tempo atrás... Morar com filho... Ou filho morar com mãe... Sinceramente... Está muito longe de ser uma boa idéia... Ou melhor... É uma ótima idéia, se desse certo.
Muitas vezes chega até perto de eu querer fazer isso... Achar que é possível... Mas acabo sempre dando um ponto. Eu realmente não quero.

E hoje a tarde... O outro aparece... Passado... Assustado... Meu Deus! Tudo por um chamado no seu celular... Achou que tinha acontecido alguma coisa comigo. Nossa!
Até acalmar ele ( e respirar fundo para não perder a paciência com ele...) levou o tempo de inconscientemente começar a comer bolachas... ( E lembrei que ontem também... Ao conversar com o outro filho... E também para não perder a paciência... Como um rato afoito eu cricolava a bolacha... Roc... Roc... Roc...)
Já mais calmo... A conversa virou em torno dele... E ele me disse algo que veio tão profundo no meu coração... - Eu ia fazer isso também pra mãe... Me deu vontade... Mas... Não foi o momento... Senti que não era o meu momento...-
Respondi para ele que talvez não fosse o momento dele, no entanto, com certeza seria um momento especial para mim. (No fundo percebi que talvez o que ele me disse foi causado pela emoção da conversa...)
E lembrei de uma postagem que escrevi nessa semana que passou... De como os "filhos são para a mãe... Consequentemente são para as esposas..." (Opinião formada de uma professora minha; Dona Lícia. ) Minha opinião é que é relativo. Em parte talvez...
Afinal... Quando é o momento para um filho "dar um flor" para uma mãe...
Não tem o momento. Não tem data especial. Tem o coração voltado para o momento em seu verdadeiro sentimento.
Filhos casam. Formam sua famílias. São independentes. Não acredito que uma mãe possa ficar em segundo plano. Mãe é mãe.
No entanto... Infelizmente acabamos ficando em segundo... Terceiro... Ou nem sei qual plano...
Mas sabe... É tudo consequência daquilo que "semeanos" com nossos filhos no início... Eles não podem retornar naquilo que também não receberam.

Minha mãe "minha mamy" não concorda. Diz que mesmo que uma mãe tenha errado muito no passado, se ela depois reconhece e começa uma nova realidade... Os filhos passam também a reconhecer...
Afinal... Quando é o momento...
De ser somente "mãe..."
De ser somente "filho..."

E hoje... Depois de ele ter ido embora... As pressas... Com seus "inadiáveis compromissos" senti profundo dentro de mim que ainda busco o "elo" perdido do "início de tudo..."
A "essência" da família...
E não posso esperar dos meus filhos algo que tem que ser encontrado em mim mesma. O momento está em mim. E parece... Que não é o momento...
(...) Eu estou com o choro sufocado... Não quero chorar...
Só porque não foi o "momento" de receber uma flor de um filho.

-19:56 -


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