sexta-feira, 24 de janeiro de 2014

Não paro de pensar em minha vida. Em tudo que eu já vivi. É um passado mesmo. Não posso comparar minha vida (meu relacionamento com o pai dos meus filhos... meu relacionamento com meus pais... família... A saúde comprometida desde infância... Um casamento falido... Disfuncional...) com o que meus filhos estão vivendo. Com certeza eles também estão procurando viver naquilo que eles alcançam.
No fundo eu sei que não sou uma pessoa (mãe...) que eles possam realmente contar. Eu posso até ter mudado bastante... Me esforçado o quanto penso que poderia fazer diferença... Mas sei que não é assim. Nunca fui uma mãe de frente. Otimista.  Talvez não tenha nem o perfil de "mãe". Nem toda mulher nasce para ser mãe. É uma verdade.
Tudo que passei com o pai deles... Uma mulher que se respeitasse de verdade... Não permitiria que os filhos sofressem tanto. Teria feito o que uma mulher guerreira faz. E ponto!
Sem contar... Que depois perdoava o pai deles... Eles sempre foram maltratados... É. Uma vida difícil. Ruim. Complicada.
E quando a depressão veio... Aí então eu creio que perdi todo o respeito dos meus filhos. Não posso esperar nada dos meus filhos. É muito fácil pedir perdão (estar verdadeiramente arrependida...) quando dentro deles uma vida inteira foi martirizada.
Não sei se já fui punida o suficiente. Penso que depois da segunda feira... (20.01.14) Quando sofri dores de parto as avessas... Será que já fui punida o suficiente?
Não tenho o amor dos meus netos. (primogênito...) Sei com toda certeza que até um pouco antes da separação desse filho... Meu neto caçula (meu lindo galego) realmente me tinha como avó. Um relacionamento de avó para neto. De neto para avó.
Mas já vi as consequências da separação... Agressivo. Egoísta. (1 ano e l0 meses...) e me rejeitando... Não me chamando mais de Bobó... Me afastando com suas mãozinhas... Vi ele duas vezes depois da separação... Deveria tê-lo visto no domingo... E no domingo foi decidido no coração que viriam grandes tormentas...  A ida sozinho com meu menino para visitar a outra vó... O telefone a noite... Uma conversa que eu acreditei... Porque não acreditaria?
A viagem a noite... Novamente outro telefonema... A reação... (minha inquietação... com aflição...) a promessa de estar comigo no outro dia... Que tormento! Que pesadelo!
Já perdoei meu filho. Estou de braços abertos para ele. Inclusive para minha "ainda nora...". A conversa por aí é que eles estão voltando... (Alguém pode contar outra novidade?) E quem pode pensar que eu estaria contra? Estava do lado do meu filho. Da decisão que ele custou tanto a tomar... Talvez já estejam juntos.
Quanto tempo levarão para virem aqui?
Talvez nem venham... Não sei. O que sei é que dessa vez vai ser diferente. A única coisa que vou dizer é que "nunca mais" quero ouvi-los falando mal um do outro (principalmente meu filho... que sucumbia em agonia...) e que realmente sejam felizes. Parem de contracenar no "teatro da vida". Que pode ser diferente com eles em relação ao filho que eles quiseram tanto. Sinto em meu coração que logo virá outra gravidez... Quem sabe? Talvez esteja enganada. Mas parece tudo tão obvio após uma crise de separação. Concordo com meu cunhado... Que se eles não permitirem a cura e restauração... O resgate do respeito e da dignidade... Da próxima vez será muito pior... É fato. A vida é uma escola contínua. E não perdoa. Se tiver que reprovar. Reprova!
O que sei é mesmo meus filhos não vendo nenhuma coisa positiva em mim... Por certo que eu vejo. E tem que ser eu mesma. Eu trago "essas marcas... como um soldado ferido... Costumo dizer... Entre mortos e feridos...", e ninguém pode roubar ou ridicularizar tudo isso já vivido.
Não posso mudar o que foi vivido. Não posso mudar o tormento que foi a vida deles. O que sei é que estou querendo sair desse "meu aprisionamento" familiar.
Eles são livres. Eu também sou livre. Eu não devo mais nada para eles. Eles também não devem. Eu disse isso para o filho primogênito e para sua mulher... Não devo nada para vocês. Nada! Exceto o amor. E o tempo se fará dizer... E o tempo determinado já está lavrado pelas Mãos de Deus. Não sei do futuro. Mas sei que tenho chance (oportunidade) para alçar um lindo revoar...
Estava tensa no que diria para o Apóstolo... Poderia até desmarcar... Como fiz na aula de Pilates (de tão ruim que me encontrava... ) e tudo continuaria como antes. Não quero continuar como antes. Acredito que finalmente começo a sair do "Vale de Baca".
Vou esperar minha mana viajar... E depois vamos estudar. Como será? Não sei. As dificuldades estão latentes... Como pedras... Mas vou estudar. E vou mergulhar na humildade de admitir que tenho problemas de me relacionar mesmo.
Deus sabe o quanto vai ser difícil para mim. Mas eu vou enfrentar. Eu vou me posicionar. Em Nome de Jesus. Se eu vou conseguir? Não sei. Uma coisa eu sei. Que eu vou fazer. Vou enfrentar meus medos... Vou enfrentar algumas covardias causadas pelo medo... Pela insegurança... Pela enfermidade... Enfim... Contudo terei o prazer de dizer que fiz. Que realmente fiz. Em Nome de Jesus.

24.01.14



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