domingo, 20 de março de 2011

UM CERTO ADEUS...

Um domingo nebuloso, dando indícios de possível chuva.
Uma noite mal dormida. O desrespeito com os seres humanos é pura desonra.
E hoje recebi uma resposta que de fato me senti honrada, no entanto, que me colocou no meu devido lugar. Certamente fui abusiva em acreditar que estava lendo um texto real. E fui invadindo a privacidade do suposto texto... Acredito que não fui feliz.
Talvez porque tudo que eu escrevo é a minha própria essência. Sou eu ali nos meus escritos. Simplesmente sou eu.
Minha irmã Ovelhinha costuma dizer que sou "extremista" em tudo. Levo tudo muito a sério.
"Simplesmente um texto" foi sua resposta.
É verdade.
Sempre acreditei que em tudo que se escreve tem algo "nosso".
A poesia é uma delas. O poeta se revelando em sua poesia. Ou a poesia revelando o poeta.
Estranho escrever por escrever.
Não sou desiquilibrada.
Sou normal.

Dentro dos limites do que se chama "normal".
Ou seria ingenuidade acreditar que dentro de uma poesia exista a emoção da verdade, dos sentimentos ali expressos, versos de amor.
A verdade é que a poesia faz isso. Tira os pés do chão de uma alma que se identifica com uma alma poeta. Nada mais que isso.
Mereci a resposta. Por certo que mereci.
Mas senti um certo adeus. Da minha parte estou me afastando.
Não posso seguir algo que é inverdade.
Sem credibilidade da essência de tudo que eu li.
Apenas um texto. Nada mais que um texto.
Boto meus pés no chão. Por certo que a poesia é pura ilusão.
Ao meu extremismo perdi o rosto do poeta.
Sem rosto. Sem forma. Sem nome.
Um certo adeus... Para a poesia.

-09:00 -

Um comentário:

  1. Oi minha amada,
    Confesso que senti muitas mas muitas saudades de vc...e do seu cantinho...
    Me faz sempre tão bem passar por aqui...

    Mts beijos :)

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