terça-feira, 15 de março de 2011

EM FÚRIA...

O mar está em fúria. Uma sensação ruim passou por todo o meu ser. Lembrei do Japão.
Eu, da minha parte... A sensação ruim... Não consigo nem imaginar como foi tudo aquilo. A sensação do pavor.
Fui caminhando com os olhos no mar... Tanta beleza. Contudo, enfurecido.
Estamos vivevendo um mundo enfurecido.
Lembrei daquela passagem em que Jeremias disse que ele "clamavava por paz", no entanto, a Nação estava em guerra. Em corrupção. E toda forma de engano.
Tudo está em fúria.
As nações. A nautureza. O homem está em fúria.
Sai hoje para apaziguar minha alma, e no entanto, deparei com essa cena onde havia o contraste com a beleza da praia, e a fúria das ondas, rebentando tão próximo a calçada.
Hoje também constatei que "profetas" como somos chamados tem uma responsabilidade tão grande em suas atitudes e suas reações.
Hoje eu queria "apenas ouvir" algo para eu entrar na paz que de repente minha alma entrou em desarmonia com a "fúria" dos meus pensamentos.
Profetas como nós deveria saber que é assim mesmo.
Queria ouvir. Ser apascentada.
Hoje ouvi dizer que na posição em que me encontro, não deveria estar assim. Afinal, sendo uma "ouvinte e praticante" da Palavra de Deus, deveria estar segura. É certo. É verdade mesmo.
E quando percebi já estava ministrando, apascentado e profetizando naquilo que era um problema meu, que de repente era de outra pessoa.
Tem sido sempre assim. Tenho percebido que quando somos levantados para "aconselhar" vidas, muito pouco somos ouvidos. E quando somos... Corremos o risco de sermos fortemente cobrados.
É. Nosso grito fica abafado. Amortecido.
Voltei para casa já não com os olhos no mar enfurecido. Agora, com um vento que não pareceu ser amigável. O vento que tantas vezes é tão suave... E que últimamente também tem se apresentado com fúria... Aos assovios... Agoniado... Levando tudo...
A chuva que tantas vezes nos é tão favorável ao contemplativo... Tem se apresentado com a mesma fúria.
Estou em casa. Sem a fúria do mar aos meus olhos. Sem a disposição do vento aborrecido. E a chuva... Parou... Até não sei quando... Está cada vez mais presente nos dias enfurecidos.
Necessito de paz.
Sem paz não chegamos a lugar nenhum.
No momento, preciso apaziguar minha alma com meu espírito interior que hoje pareceu entrar em desacôrdo com o verdadeiro sentido da paz. A paz que excede todo o entendimento. A paz em Jesus Cristo. Na Pessoa do Espírito Santo. Em Deus. Nosso Pai.

-18:00 -

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