domingo, 25 de maio de 2014

O QUE FOI ISSO?

A visita chegou e parcialmente acertei no que estava pensando. No entanto foi uma grande surpresa termos sido presenteadas. Nossa. É uma delícia receber um presente quando não se espera mesmo.
E mais uma surpresa foi ter ficado quase até o final com eles, conversando... Rindo muito... Jogando conversa fora (depois de uma conversa maravilhosa de amor e amizade entre irmãos) e pelo amor de Deus a conversa girou o tempo inteiro em "comilanças". Bateu uma tremedeira em mim porque ainda estou muito no inicio (ontem terceiro dia...) e foi difícil resistir aquele prato maravilhoso. E por pouco que não acabei cedendo... Aquela conversa de que não vale a pena ser extremista... Que tem que comer de tudo um pouco... E daí vai conversa fora... Foi por pouco mesmo. Mas quando pensei (Louvado Seja Deus que refleti...) que acabaria voltando para a compulsão e que até tomar consciência para retornar ia levar mais um bom tempo... Mas uns quatro quilos... Bateu um desespero. Não quero mais. Eu não suporto mais me sentir pesada. Doente.
E valeu todo aquele terrorismo de falácias... Porque para surpresa minha subi hoje no elíptico e consegui ficar "3 maravilhosos minutos...". Temos esse aparelho já alguns meses... E "nunca, nunca, nunca consegui passar de um minuto e meio... Menos que isso..."
Fiquei maravilhada. Se tivesse "chutado o balde" como se costuma dizer hoje nem pensaria em subir no aparelho.
Ontem também coloquei um vestido que tinha ganho de presente... Pelo amor de Deus ao me olhar no espelho... Totalmente ridícula. Gorda!!!
Simplesmente gorda. Feia.
Feia porque quando não se está bem não tem nada que agrada... Muito mais quando se encontra com esses quilos... 17 quilos a mais. É uma agressão.
Não tem outra palavra mesmo para definir o que tenho feito comigo. Mais eu não tenho mais por que me agredir. Não tem como.
Hoje quando vesti minha roupa (a que serviu...) para dar uma volta com o filho eu mesma fui me elogiando. Ele não teria notado com certeza. Mas admitiu perceber que eu estava "mais leve...". É isso. Me sinto mais leve. Menos agoniada.
Ontem ouvindo toda aquela conversa... (tirando a comilança que virava e mexia... mexia e virava... tudo voltava para receitas... pratos exóticos... restaurantes finos... etc...) também percebi que de fato com dinheiro tudo é muito mais fácil. Que se as condições fossem mais favoráveis eu não acabaria ficando com a auto estima tão em baixa. Tudo que a gente pensa em fazer o dinheiro barra seus planos.
Conversando com o filho... Ou melhor... Ele conversando...  Ele não me ouve. Ouve. Mas não ouve meu coração. Meu pedido de socorro. Ele prefere se fazer de não entendido... Fala tantas coisas... E não percebe que preciso de ajuda.
Eu tive que falar as claras para que entendesse o que estava mostrando para ele. Isso não é legal. Me sinto péssima. Mas nessa situação em que me encontro não tem outro jeito que pedir (falar cara a cara...) Não tão cara a cara... Ele dirigindo... Falando das coisas dele... E eu atropelando nas brechinhas que ele deixava eu falar...
É tão estranho o padrão social que nos encontramos. Sei que é assim mesmo. Mas eu fico com o coração na mão. Fico feliz por ele isso não tem a menor sombra de dúvidas... No entanto... Como e possível ficar bem (viver bem...) sabendo (ou não sabendo... ou não querendo saber...) que é possível parar pelo menos para ouvir com atenção o grito de socorro.
Tudo bem. Se é desse jeito que tem que ser. Desse jeito vamos vivendo. Tentando fazer o melhor possível. Ouvir os desabafos dele pelo menos me faz pensar que estou ajudando em alguma coisa.
Porque se ele parasse e percebesse toda a sua vida... Perceberia que está apenas vivendo em ciclos viciosos... Ciclos viciosos...
As mesmas conversas... Os desabafos... Os rompantes... O querer que eu ouça as letras de suas músicas... Suas aquisições necessárias... Sua falta de dinheiro... Seu estilo... Seu status... E a vida segue. A vida segue.
Em Nome de Jesus.
 
 
 25.05.14      (14.44)
 

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