sábado, 13 de novembro de 2010

SEM ENTENDER...












Está amanhecendo...



Já não ouço o galo... Nem o que está mais próximo...



Nem os que estão longe...



Embora eles continuem cantando...



Nasceram para tal função...



E são sinal que o dia está amanhecendo...



Não preciso deles para saber que é assim...



Tenho a sintonia do tempo,



de cada hora que marca no meu relógio...



Cada hora... Mais uma...



E mais outra...



Vem na memória o Salmo 19,



Penso em mim.



Já menina tinha a sintonia do passar as horas...



E via o dia amanhecer...



Uma criança sufocada...



Assustada... Insegura...



Sem respiração... Sem noção do nada...



Sem entender...



E no amanhecer...



Quanta beleza! Quanta grandeza!



Céu aberto...



Que sensação de frescor...



De plena liberdade.



Quase poderia alcançar com minhas mãos frágeis...



Que bálsamo o frescor da manhã...



Refrigério para um coração de criança...



Depois de uma longa noite...



Sombria... Interminável...



Que resplendor é o amanhecer...



Entre lágrimas e sorrisos...



Livre de mais uma noite sombria...



De horas intermináveis...



A espera do amanhecer...



Sem entender...



O pulsar de um novo dia...



A sensação da liberdade.



Momentos de paz...



Mais um dia que amanheceu...



É um romper de uma longa jornada de horas...



Apenas mais um dia...
No romper de hora após horas...

No romper de alguns galos cantando...

Passarinhos encantando...

Um bando deles...

Mais parece uma sinfonia...

Sincronizados no novo dia...

Apenas mais um dia...

Um coração de uma menina...

Que sorri...E que chora..

Para mais uma noite ao encontro do amanhecer...

- Zéia -
























































































































































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