domingo, 19 de abril de 2015

NÃO SEI O QUE QUERO... MAS SEI O QUE NÃO QUERO...

Acredito que não estou errada. Buscar a paz e manter muitas vezes é necessário renunciar. No meu caso... Dizer não. Foi difícil. É sempre difícil. Porque não? Porque resgatar paz verdadeira implica em saber dizer não. Mesmo que tudo pareça dizer que você está sendo dura. Ou egoísta. Não me sinto egoísta. Estou abrindo mão do que poderia até dar certo porque acredito no brilho profissional. Sei que é possível. 
Mas até onde cheguei... Foi a preço de choro. Muito choro. De muita renúncia. De perdas irreparáveis. Choro sim. Porque deveria com certeza ser diferente. Muito diferente. Mas sei que minha atitude foi para nos proteger. Sei que existe o esforço da tentativa de compreensão... Que no fundo não tem como compreender... Como entender? Como entender que não é possível uma relação entre um filho e uma mãe de estarem juntos respeitando um ao outro?
Eu cheguei até aqui... Com lágrimas... Com renúncias... E com maturidade... Meu filho ainda não chegou... Ele se diz diferente... Amadurecido... E realmente até onde ele alcança com certeza tem maturidade sim. E até mais do que eu olhando pelo prisma do seu entendimento... Dos seus conhecimentos... Da sua superioridade...
Ele venceu! E tem vencido. Descobriu que é um "grande gestor" na sua área. Gloria Deus! E na superfície da política da aceitação... De um gestor... Disse que me entende... E mesmo que não entendesse (... se aborrecesse com minha decisão...) seria ruim para ele... Porque seriam para ele "dois trabalhos"; ficar aborrecido e deixar de ficar aborrecido. É verdade.
Meu filho é uma vitima de uma família disfuncional. Eu sou uma vitíma também de uma família disfuncional. Admito minhas culpas. E tudo o que semeei ao longo dos anos... Agora vivencio todos os resultados... Somos sobreviventes de uma vida sacrificada. Vitimada. 
Mas sinceramente não quero mais ocupar o lugar de vitima. Quero liberdade. Quero perdão. Quero respirar fundo. Quero viver.
Sempre disse para mim mesma... As depressões não foram porque queria morrer... Ou algo parecido... E ainda não são... Quero vida. Quero liberdade. 
Foi um passado ruim. Maldito. Foi. Me arrependo. Deus sabe o quanto me arrependo de tudo. Não ouso dizer que "se" tivesse oportunidade faria "diferente...". Como saber? Nunca saberemos. Podemos sim agora no presente tentar acertar. Fazer diferente. E é o que eu quero fazer. Simples. Simples? Sinceramente não é simples não. 
Porque isso depende de cada um. De como a pessoa é. Posso pedir perdão sim e estar verdadeiramente arrependida... Mas e daí? O mal causado já foi causado... E tem que esperar também o tempo daquele que foi maltratado... Ofendido... Magoado... Enfim... Quantos enfins forem necessários... Enfim... Enfim... Enfim... 
Como me sinto? Muito cansada. Exausta! Estou simplesmente muito exausta para permitir viver em conflitos... Em adversidades desnecessárias... Já bastam as próprias provações... Aquelas que já nos vem de encomenda... Para aprendizados... Para tratamentos... Não posso mais admitir na minha vida (talvez pouquíssima que ainda me resta...) viver em alta pressão. Não suportaria. Não suporto. 
É egoísmo? Eu não sei. Creio e prefiro crer que é realmente uma escolha. Uma decisão. E a vida segue. Em Nome de Jesus. 

19.04.15     (22.24)

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