sábado, 1 de novembro de 2014

A VIDA SEGUE...

Eu não deveria ficar chateada com algumas coisas em relação as reações de um filho... Eu também tenho reações bastante inesperadas e duras muitas vezes. Eu tenho a idade que de fato chega o tempo de amadurecimento em todos os sentidos. Mas não posso esperar que seja assim para ele. 
Acho que de muito falar as palavras começam a ficar  sem vida. Atitudes muitas das vezes falam mais do que palavras. Não adianta falar e falar... Dizer que está junto... Que pode contar... Etc... E no momento que é preciso materializar tais manifestações... Não acontece.
Mas procuro dizer  que estou dando a chance de mostrar que eu estava errada e que com ele agora pode ser diferente. Porque repetir os mesmos erros? Porque ter sempre o prazer de dizer que é assim? Que foi sempre assim? E que tem que ser do jeito dele. Impossível ser do jeito dele. Impossível. 
Mas ele não alcança. Entende sim. Mas não alcança. Como pode passar na cabeça do meu filho que poderia agora vir morar comigo para que eu não fique sozinha. Que agora é diferente. Que passado é passado. E já que houve perdão vamos seguir em frente. 
Tudo que houve dessa vez conosco foi tão difícil. Tão sofrido. Tão inexplicável. Naturalmente que passou. Eu o amo. E sei que me ama. Somos família. Mãe e filho. Mas não tem como morar junto. Quando ele está comigo a inquietação e o estresse é tão visível. E nada pode contrair o que ele é. O que ele pensa. Se fala ele reagi dizendo que eu o coloco para baixo. 
Isso em menos de uma hora juntos... Com o filhinho... Seu linguajar... E meu neto imitando suas falas... Não. Tudo para eu ficar convencida que é impossível nem mesmo tentar. No fundo eu sei que não é exatamente eu (o ficar sozinha). Se realmente fosse seria diferente. Seria por amor. Por amizade. Por cuidados mesmo. 
Nem com esse nem tão pouco com o outro. Acho que é assim mesmo... Ao saírem de casa se tornam totalmente independentes. E poderia ser assim mesmo. É fato. São adultos. Pessoas singulares. No entanto falta o "bom relacionamento curado". 
Mais uma vez estou sozinha. E é opção mesmo. Eu não diria que é exatamente opção. Não escolhi ficar viúva. Não escolhi ficar doente. Não escolhi enterrar um filho. Não houve o direito de optar. Faz parte de uma vida. No entanto posso saber exatamente o que eu não quero mais para minha vida. Posso até não fazer mais planos. Mas eu quero apenas viver em paz. Respirar paz interior. Não viver tumultuada com ofensas. Atritos. Confusões do disse me disse ou que não deixou de dizer... Essas coisas de relacionamentos conturbados mesmo. Minha porção paguei com juros muito altos. Agora eu quero paz. 
Quero o bem dos meus filhos. Dos meus netos. Mas acima de tudo eu quero ter o resto do tempo que está determinado para mim com paz. Eu só quero paz. 
Ouvindo minha mana falando do que houve com ela meu coração disparou. A indignação tomou conta da minha alma. Ingratidão de um filho é um pecado mortal. Fere os princípios de Deus. Fere os melhores sentimentos de uma mãe. 
Mana eu meu cunhado estão saindo hoje... Estou em lágrimas por dentro... Me segundo para me mostrar forte. Sei que é o melhor para ambos. No entanto meu coração chora. Meu coração realmente chora porque sinto (e sei) que não é o momento. Mas a decisão já veio de muito tempo... E eu sabia que eles não ficariam para sempre comigo. Era para ser diferente. Foi falado tantas coisas... Mas as circunstâncias abalaram todo o processo. Abalou a fé. 
Louvo a Deus pela vida deles. Por um tempo de união (comunhão) que tivemos. E sei que apesar de me sentir assim Deus está no controle da vida deles e cuidará deles. Em Nome de Jesus.

01.11.14         (14.24)

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