sábado, 1 de novembro de 2014

Estou com o choro preso ao coração. Talvez seja de tanto ter segurado para demonstrar serenidade com o que está acontecendo. E o que está acontecendo? Não é desse jeito mesmo? A vida segue. A vida não espera. 
Hoje meu cunhado disse tudo. Eu simplesmente espero "um milagre". Eu não tenho escolha. Não posso fazer diferente. Não dá mais para usar de subterfúgios... Na força do braço... Na força da emoção... 
Ouvindo tudo o que ele me disse... Como foi que vieram para cá... Não importa realmente como foi... Eu sempre faço a escolha de dizer que todas as coisas cooperam para o bem daqueles que amam a Deus, daqueles que são chamados segundo o seu propósito. (Romanos 8. 28)
Se eu falasse o meu jeito do sim sim não não poderia afetar (abalar) naquilo que foi passado... Que interessa? Que importa agora?
Deus é testemunha que eles poderiam ter ficado comigo para sempre. Para sempre. Eu por um tempo acreditei que seria assim... Mas depois percebi que não... Que era um tempo... Um tempo determinado... Não sabia que seria tão rápido... Evitei o máximo para despedidas. 
Como será daqui para frente? Não sei. A vida segue. Dia após dia. Um dia de cada vez. Quem sabe hoje por um "milagre" eu durma? Quem sabe amanhã me levanto bem? Quem sabe foi no Culto da manhã? Quem sabe?
É quem sabe. Eu falo e me coloco sempre nessa posição... Mas no fundo eu quero largar tudo isso. Largar tudo. Recomeçar um vida diferente. Sair. Viajar. Ter uma nova chance.
Ainda sofro consequências de uma escolha errada. As feridas secaram. Ou talvez eu esteja sempre querendo me iludir que fiquei curada. Essas dores insuportáveis no corpo certamente são resultados de tanto sofrimento. Foi tanto sofrimento. Tanto desespero. Tanta loucura. Um inferno chamado vida. Uma vida chamada inferno.
Não é a morte. É a vida. Eu clamo por vida. Mas estou sempre aprisionada em meio a dor e sofrimento. Em confronto com o que sou. Com o que não sou. Com o que esperam de mim. 
É uma luta desenfreada dentro de mim. Porque não é a morte. O grito é pela vida. 

01.11.14   (23.16)

Nenhum comentário:

Postar um comentário