quarta-feira, 5 de novembro de 2014

Não quero que esteja do meu lado por causa da saúde. Da obrigação se fazer presente. Um filho não precisa ligar para perguntar se... se... se... Não é preciso dizer nada. Apenas um abraço compensa toda dor. Toda tristeza. 
Lembro de eu ter dito sim que era para desabafar. Mas foi em uma situação. Para privar maninha de me ver tão caída. Então disse para ele vir aqui. Usar de naturalidade com o que somos (com o que sou) para minha irmã não perceber o quanto estava doendo a saída dela aqui de casa.
Ontem veio aqui em casa. Buscar algumas coisas... As que foram lembradas depois... E vejo como minha irmã está realmente bem. Fez bem para ela sair daqui de casa. Não se preocupar mais com tanto serviço que nunca tinha fim. É uma casa muito grande mesmo. 
Talvez o milagre aconteça. Talvez. Meu cunhado disse que a verdade é que embora eu tenha consciência que devo vender minha casa (principalmente pela necessidade do filho primogênito) e saber que muito mais eu com a saúde tão fragilizada... No entanto... No meu coração (minha vontade...) eu quero ficar. É verdade. 
Sei que vai chegar o tempo que de fato não vou mais dar conta. Mas por enquanto... Como sempre... Vou levando...
De ontem para cá já comecei a fazer algumas coisinhas... e isso está me fazendo bem. São minhas coisas. Gosto de trabalhar em casa. Gosto do serviço do lar. Não vejo que seja ruim. No entanto é a enfermidade que me leva ao desespero.
Também considero que não sendo mais jovem o corpo também vai dando sinais do cansaço dos longos anos... 
Mas não tem outro jeito porque a vida segue. Segue velozmente. Parece que não... Tenho tanto tempo de sobra jogada em uma cama... No quarto... O tempo para mesmo quando paramos. 
Ia na Santa Ceia... Estava a caminho... Desisti. Simplesmente. Primeiro foi a roupa (estou muito gorda), depois foi a TV que meu sobrinho trouxe (fiquei irritada porque não era preciso ver meu sobrinho passar tanto trabalho... e acabou nem "ligando". Pedi que levasse de volta... Afinal era do irmão... Não tinha sentido... Um querido! Ele disse que estava indo para outro lugar... Que depois então viria buscar...) Agora estou vendo a TV (não entrou em sintonia com o pacote claro... mas ele não soube instalar...)Enfim... enfim... enfim... Aí lutando comigo mesma decidi no impulso já decidido ir na Igreja. Nem bem sai umas meninas que vivem me chamando para pegar a bola... Viram o rosto para mim. Até mesmo a mais meiguinha... (rsrsrs... mania de perseguição... Não. Claro que não. É que não entendo. Tem uma garota mesmo que me chama e não olha para mim. É impressionante. Para mim é falta de educação. 
Certamente estão aborrecidas comigo. Porque nas duas últimas vezes que chamaram para pedir a bola eu falei isso... Além de estarem me chamando para pegar a bola... Aí então sabem o meu nome... Depois então viram o rosto. Nossa. Meninas de talvez 11 a 14 anos... Eu com 56 anos... Tolerância zero da minha parte. Também não faço muito para ser mais simpática. Enfim... 
Tudo isso me irritou... Quando ia  atravessar a sinaleira... Minha outra irmã ligou... E foi "tudo". Tudo para eu desistir. Votei para casa. Aborrecida comigo. Poderia ter ido na Igreja. Eu precisa tanto ir. Mas apesar disso optei em não ir. Naturalmente que não estou nada bem. 
Mas bem ou não... A vida segue. Não tem como ser diferente. Em Nome de Jesus.

05.11.14  (13.17)

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